por André Schmidt
Não dura mais que três segundos, mas é eterno. De tantos gols possíveis no futebol, o olímpico é o mais debochado de todos. Traz louro ao marcador e dor ao defensor. Quem o faz, ri por dentro antes mesmo do toque derradeiro. Traiçoeiro. O goleiro que se estica voa sem rumo, de costas envergadas, olha para céu em busca de ajuda. Com uma mão levantada, tenta alcançar o inatingível. Com a outra, se benze. Em vão. A curva da bola segue a linha de um sorriso, de um canto ao outro. Sutil como o toque na rede, próximo à trave, […]
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